Império do Brazil
Provincia do Paraná
Registro Civil da Capital
No registro de óbitos do final do século XIX, aqui mesmo na cidade de Curitiba, o trabalho todo parece ser bem mecânico. As folhas já contem partes impressas e o trabalho do Escrivão de Paz limita-se simplesmente a preencher lacunas com as informações cabíveis e necessárias, dentre elas a cor do indívíduo (abro um parênteses para infaztizar este detalhe... acho que o caminho para o purgatório deve ser outro, aí a tamanha importância do registro da cor... sim! E se o sujeito toma o caminho errado?? Deus que nos livre!!!)
Me perco digitando tudo isso! Em meio aos nomes cientificos das doenças que cada pessoa morreu, fico imaginando a moradia do número morto, se tinha família, se sua casa situava-se na Rua da Assemblea, perto da Estação ou talvez na entrada da Estrada do Matto Grosso... se suas mãos eram calejadas devido algum trabalho pesado, se houve velório e se choraram por sua perda. Me pergunto porque tantas crianças morriam, porque os brancos partiam tão cedo enquanto seus escravos batiam os 80 e tantos. Se morreram na cama, dormindo ou se num hospital. Enfim, se eram felizes...
O número do registro não me exala odor nenhum, mas é visivel que um resquicio de morte está encravado nas amareladas folhas geladas...
Um registro de vida, um registro de morte... que diferença faz?? Não capto a essência, ou meu nariz anda falho demais para isso... me vejo quase sempre vagando em meio a estas linhas, para ver se encontro o perfume mórbido da existencia de cada um, cada um dos numeros que poderiam ter sido alguma coisa em vida!
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Re: tá ae?
Muito mais confusa do que no principio
(que principio?)
Se fujo de termos e terminologias e todo seu significado
Me prendo a eles para dizer o que exatemente não quero
E pra explicar o que de fato quero... fujo??
A carência quer falar mais alto do que qualquer outra querência própria
E me pego no apego novamente
Seus risos me riem que nossos Deuses falam linguas diferentes
Mas a verdade é que me importam [ainda] outras linguagens...
de sentidos...
de fluidos...
de nervos a flor da pele...!
Aprenderei de novo com outra decepção
E viverei aos berros suplicantes dos meus proprios Deuses...
(que principio?)
Se fujo de termos e terminologias e todo seu significado
Me prendo a eles para dizer o que exatemente não quero
E pra explicar o que de fato quero... fujo??
A carência quer falar mais alto do que qualquer outra querência própria
E me pego no apego novamente
Seus risos me riem que nossos Deuses falam linguas diferentes
Mas a verdade é que me importam [ainda] outras linguagens...
de sentidos...
de fluidos...
de nervos a flor da pele...!
Aprenderei de novo com outra decepção
E viverei aos berros suplicantes dos meus proprios Deuses...
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