quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008


januario_action




felicidade:

uns compram
outros vendem (ou pensam que vendem)
mas a maioria te rouba!

Gosto do azedo

As pessoas são sujas
e elas fedem
São feias por fora (é só olhar bem!)
e piores por dentro
Escondem seus nojos
Mas são asquerosas
Parecem o que não são
e são felizes assim
Bendito és tu
Branco por fora, preto por dentro!

Tanto faz este seu medo ou aflição
Me mostra sua ânsia de novo
Seu peito inflado
A cor do seu silicone...
Não quero seu cheiro
Quero seu suor
seu mais inescrupuloso gosto de merda
sua vida, lembrança de nada
suas repetidas vontades de algo que jamais vai se concretizar

A tua angustia me comove
Alimenta minha mais pura felicidade de desgraça alheia
Quero sorrir do seu desprazer, irmão, do seu calo
da sua fissura impossível
Quero gorar os teus sonhos
Me desfazer no gosto do azedo
E me perder na vida...

Meu gosto o seu desgosto
Assim seja
Amém!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Provinciana

O crepúsculo ainda me desperta uma sensação tão pura,
numa tarde de final de Fevereiro calorento
O trânsito não tão abarrotado de Curitiba se confunde com o murmúrio que já se forma nos butecos de esquina
Aquele velho ar de cidadezinha provinciana
Dos antigos armazéns de secos e molhados
Dos antigos calçamentos de mac-adam
e do "footing" pela XV
O que sobrou deste tempo?!
Ainda corre em mim a tímida polaquinha de pés sujos!
Se ainda não me achei neste labirinto frio de almas verdes
Me perco na idéia de lhe abandonar
Abandonar os prédios solitarios e as ruinas,
o Solar do Barão em meio a suas histórias em segredo
O sabor de 1 e 90 logo pela manhã
ou o café debaixo do céu azul
Se as noites se acabam naquela esquina 24h
pra mim elas continuam, olhando as estrelas numa lagem revestida de carpet
Ao som do trem em direção ao porto de ouro!
A gélida sensação de que ainda vivo muito do meu passado aqui
Enche-me de medo em pensar em te deixar
Terra do pinhão assado em brasa
Das carroças vagarozas
Da fumaça do trem escarlate
Da polaquinha de tranças...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

poltrona 23

é outra curva, um novo suspiro!
e ainda nem deu tempo de eu tirar a antiga foto do pc...
por que parece que parece que pros outros é tão banal?!

o sentimento é puro
as impressões são falsas e sujas...
que se dane! não preciso delas

se tudo é tão revestido por um reboco barato
por dentro os corpos se encontram novamente
e o mesmo efeito da manhã anterior de alguns anos atrás me toca

nao me lembro de pessoas, do dia, da merda do trânsito
se a noticia do fantástico me chamou a atenção...

lembro do cheiro e da cor
a nostalgia nao me deixa esquecer!
nao me lembro de sons
me lembro de longinquos espaços de silêncio
silêncio
silêncio por fora...e por dentro explosão!
outra vez a razão foi dar uma volta
outra vez meu pulso toma folego
outra vez me deixo levar por este impulso...

andando por cima de decepções