O crepúsculo ainda me desperta uma sensação tão pura,
numa tarde de final de Fevereiro calorento
O trânsito não tão abarrotado de Curitiba se confunde com o murmúrio que já se forma nos butecos de esquina
Aquele velho ar de cidadezinha provinciana
Dos antigos armazéns de secos e molhados
Dos antigos calçamentos de mac-adam
e do "footing" pela XV
O que sobrou deste tempo?!
Ainda corre em mim a tímida polaquinha de pés sujos!
Se ainda não me achei neste labirinto frio de almas verdes
Me perco na idéia de lhe abandonar
Abandonar os prédios solitarios e as ruinas,
o Solar do Barão em meio a suas histórias em segredo
O sabor de 1 e 90 logo pela manhã
ou o café debaixo do céu azul
Se as noites se acabam naquela esquina 24h
pra mim elas continuam, olhando as estrelas numa lagem revestida de carpet
Ao som do trem em direção ao porto de ouro!
A gélida sensação de que ainda vivo muito do meu passado aqui
Enche-me de medo em pensar em te deixar
Terra do pinhão assado em brasa
Das carroças vagarozas
Da fumaça do trem escarlate
Da polaquinha de tranças...
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Um comentário:
eh dessa personalidade que nossa cidade tanto necessita. Nossos elogios e nossas criticas sao a favor de seu desenvolvimento.
Adoro os seus textos.
Beijos
Te amo
Saudades
janio
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